Marques Mendes continua a misturar informações de relevo e relevantes com interpretações que raiam e roçam o delírio. É relevante a informação dada sobre a discussão provocada no âmbito do Tribunal Constitucional sobre o momento adequado para decidir da matéria sensível que tem entre mãos. Informação relevante mas, a ser verdadeira, igualmente preocupante – demonstra um Tribunal Constitucional que age e actua, também, em função de um determinado calendário político. De um calendário político próprio. E isso é grave e não pode deixar de se lamentar. Se o timing das decisões se submete a um critério de oportunidade política, nada nos garante nem assegura que as próprias decisões que toma não sejam, também, ditadas por razões e motivações políticas. Ora, estando a falar de uma instância jurisdicional, pode ser grave. Muito grave. Mas para além disso há a componente do delírio: criticar o célebre Manifesto dos 70 invocando que, para além de pretender “entalar” o líder da oposição, o governo e o próprio Presidente da República os mentores do manifesto se tivessem conseguido a cobertura de Cavaco Silva queriam transformar-se num movimento com intervenção política efetiva no País, ultrapassa o próprio delírio. Raia a comédia. Imaginar que aquelas almas, que se conseguiram pôr de acordo apenas em matéria relacionada com a reestruturação da dívida pública nacional, podiam aspirar a uma intervenção política efetiva no País, é comédia pura. Infelizmente, os tempos não estão para este tipo de comédias.
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