O Partido Socialista, a 12 horas de votar uma moção de censura ao governo (que constitui um dos principais momentos de qualquer legislatura), não se consegue entender nem definir consensualmente o sentido do seu voto. E é este o mesmo partido que, ainda há uma semana, queria eleições legislativas e que se dizia ser alternativa ao governo. Como, de resto, está à vista de todos. É, neste momento, um partido unido, coeso, disciplinado. Temos, pois, de concluir que foi penalizado – e bem! – pelo eleitorado. Ou não foi beneficiado na justa medida em que a coligação de direita foi penalizada. Está à vista o que é e o que vale em termos de alternativa. À direita, pode haver quem rejubile com a situação. Convenhamos – dá um certo jeito imediato. Mas só uma completa imbecilidade pode justificar euforias. Porque um sistema político só é forte se tiver um poder e uma oposição fortes. Ambos – poder e oposição – formam a solidez do sistema democrático. Quando um dos polos da equação está enfraquecido e descredibilizado, é o próprio sistema político que está enfraquecido. E isso não serve a ninguém. Nem ao governo nem à oposição.
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